LIBRAS
SURDOMUDO
Um equivoco
comun entre as pessoas surdas e que se transformou em uma forma recorrente de
identificá-las está em referir-se aos surdos como “Surdomudo”.
SUJEITO
SINALIZANTE
O termo
“sinalizante”, em LIBRAS, faz referência a todo sujeito que domina e é usuário
da lingua de sinais.
CULTURA
SURDA
A noção de
identidade pode ser relacionada a comportamnetos sociais, e, logo, ao contexto
da inclusão, surdez e aprendizagem na contemporaneidade. O termo cultura surda
não tem nenhuma relação com o posicionamento político ideológico.
COMPORTAMENTO
SOCIAL EXCLUDENTE
"Assim, durante quase um século (1880
-1960) o discurso sobre a surdez centrou-se no abafar, no inferiorizar, no
descaracterizar as diferenças [...]determinando o desenvolvimento de abordagens
clínicas e práticas pedagógicas que buscavam o apagamento da surdez [...]"
(LODI, 2005, p.416). Esse trecho refere-se a um comportamento social
excludente, pois a "colonização" social, com o apagamento de uma
língua própria, estabelece a perda e a crise de identidade do sujeito
sinalizante.
IDENTIDADE
DURDA
Um surdo
estará mais ou menos próximo da cultura surda a depender da identidade que
assume dentro da Sociedade. A identidade surda pode ser definida como
identidade na qual ser surdo é estar no mundo visual e desenvolver sua
experiência na Língua de Sinais. Os surdos que assumem a identidade surda são
representados por discursos que os vêem como sujeitos culturais, uma formação
de identidade que só ocorre entre os espaços culturais surdos (Concurso
público do Município de Pacatuba, questão 35)
ESTRUTURA
LÍNGUA VISO-ESPACIAL
A língua de
sinais em sua modalidade viso-espacial tem sua estrutura organizada em cinco
parâmetros, EXCETO expressão viso espacial
CONFIGURAÇÃO
DE MÃOS
No que diz
respeito ao alfabeto manual, as duas letras que apresentam a mesma configuração
de mãos, mas diferenciam-se quanto ao movimento, são P, K e H.
UMA LINGUA
COMO OUTRA QUALQUER
Sobre a
língua de sinais, NÃO se constitui em um mito o fato de ser uma língua como outra
qualquer.
PONTO DE
ARTICULAÇÃO
Sobre os
parâmetros da língua de sinais brasileira, é verdadeiro afirmar que o ponto de
articulação refere-se ao local em que o sinal é produzido em relação ao corpo.
Mesmo que a configuração esteja certa, se o ponto de articulação não o estiver,
o sinal poderá não ser entendido.
NÍVEIS
GRAMATICAIS
Embora de
modalidade linguística diferente das línguas orais, há vários níveis
gramaticais que podem ser encontrados nas línguas orais e nas línguas
viso-espaciais. O nível quirológico não é encontrado nas línguas orais. Os
níveis semânticos, pragmáticos e sintáticos são encontrados nas duas linguas. Alguns
pesquisadores da área de LIBRAS referem-se ao plano fonológico da língua de
sinais como plano quirológico
LEI 10436 /
2002.
LIBRAS
(língua brasileira de sinais) passa a ser reconhecida como meio de comunicação
oficial nas comunidades de surdos brasileiros a partir da promulgação da lei
10436 / 2002.
MANIFESTO
DOS SURDOS ORALIZADOS
A ideia de
que somente o domínio da língua portuguesa permite ao surdo a ampliação de sua
inclusão na sociedade, encontra-se abertamente defendida no documento
“Manifesto dos surdos oralizados”.
BILINGUISMO
NA SURDEZ
Na história
da educação de surdos, podem ser observadas posturas que vão desde o oralismo
até o bilinguismo. Dos princípios inerentes a essa última, pode-se concluir que
o fato de LIBRAS ser a primeira língua dos surdos não significa que sejam
incapazes de aprender português.
DECRETO
5626 / 2005
O Decreto
5626 / 2005 regulamenta a Lei de LIBRAS. Alguns dos assuntos tratado nesse
Decreto são o acesso das pessoas surdas à educação, formação de Tradutores e
Intérpretes de LIBRAS e a inclusão da LIBRAS como disciplina escolar.
EUROPA SÉCULO XVIII
Na segunda
metade do século XVIII, havia duas propostas principais para a educação de
surdos na Europa. O Gestualismo (Método Francês) e o Oralismo (Método Alemão).
MODELO
SOCIOCULTURAL
De maneira
geral, a surdez pode ser entendida a partir de pelo menos dois modelos: o
clínico-patológico e o sociocultural. O sociocultural apresenta a perspectiva
considera as dificuldades como parte do processo de desenvolvimento e
aprendizagem, vendo a surdez como diferença.
HABITOS
Há algumas
diferenças de hábitos, crenças e direitos próprios de surdos no seu cotidiano
em relação ao do ouvinte como por exemplo o uso de celular para se comunicar,
mas somente através de mensagens. Na casa de surdos, por exemplo, a
campainha, ao invés de sonora, funciona através do piscar de luzes. Para
um surdo não é falta de educação fazer barulho ao tomar líquidos.
TRADUTOR
INTERPRETE (LIBRAS)
Segundo o
código de ética da atuação do profissional tradutor e intérprete - que é a
parte integrante do regimento dessa área - deve ter certos comportamentos
durante a interpretação como, por exemplo, agir com sigilo, agir com
imparcialidade e com disciplinae com fidelidade. A respeito da profissão de
Intérprete de LIBRAS, é importante que ele evite interferência e emissão de
opinião própria, sempre que possível, esclareça ao público sobre equívocos e má
informação acerca da surdez e comunicação com o surdo, assuma a conduta de se
vestir tal que evite adereços que desviem a atenção do surdo e é importante não
ncorajar, a favor de si mesmo, pessoas surdas a buscarem decisões de ordem
legal. O intérprete não “empresta” apenas os ouvidos e as mãos aos surdos. Para
desempenhar bem sua tarefa, ele coloca à disposição muitas outras habilidades e
competências (intelectuais, corporais, etc.), assim como o conhecimento das
especificidades linguísticas e culturais próprias das comunidades de surdos e
de ouvintes, o conhecimento da língua de partida e da língua alvo e a boa
memória e rapidez de raciocínio.
LINGUA
URUBU KAAPOR
Estudos
sociolinguísticos revelaram que a LIBRAS não é a única língua de sinais de
surdos brasileiros, mas sim a língua da maioria dos surdos brasileiros que
habitam as grandes cidades. Este dado pode ser observado pela existência da
língua Urubu Kaapor encontrada no Maranhão.
ORIGEM DE
LIBRAS
Ao
observarmos a história da Língua Brasileira de Sinais, descobrimos que em sua
formação a LIBRAS recebeu influência da Língua de Sinais Francesa.
SOCIOLINGUISTICA
E GRAMATICA
Sobre os
aspectos sociolinguísticos e gramaticais da LIBRAS,
é correto afirmar que ela é heterogênea, não universal e apresenta
variações linguísticas. Embora historicamente ágrafa, há atualmente propostas
de utilização de um sistema de escrita, o "sign writing".
SINAIS
No que diz
respeito à linguística das línguas de sinais elas apresentam segmentos
discretos na composição dos sinais. Uma das características dos sinais, é
que muitos possuem formas icônicas de apresentação. A relação da
significação das línguas orais e os sons e a relação do significado das línguas
de sinais e os gestos são em sua maioria arbitrários.
SIGNWRITING
SignWriting (escrita
gestual, ou escrita de sinais) é um sistema de escrita das línguas
gestuais (no Brasil, línguas de sinais). SignWriting expressa os movimentos
as forma das mãos, as marcas não-manuais e os pontos de articulação. Até agora,
as únicas formas de registo das línguas gestuais eram em vídeo-cassetes,
registo que continua a ser uma forma valiosa para a comunidade
surda. Acrescenta-se, agora, a essa forma, a escrita das línguas, um
sistema que mostra a forma das línguas de sinais. Não segue a ordem usual de
outros sistemas de escrita, nem a ordem da língua oral do país onde está
inserida.A escrita de sinais Signwriting, amplia e confirma a presença do surdo
assim como as características próprias de sua língua.
APONTAR O
DEDO
A ação de
“apontar”, em LIBRAS, é integrante do seu sistema pronominal, pois durante a
produção do discurso pode assumir a função de indicar, entre outros, o sujeito
do discurso.
PALAVRA BANANA
O sinal
correspondente a palavra BANANA. Uma das mãos assume a configuração da
letra d, a outra imita o ato de descascar uma banana
PALAVRA
SURDO
O sinal
para a palavra SURDO: Uma das mãos assume a mesma configuração da
letra d e toca a orelha e logo depois a boca.
PALAVRA
CASA
O sinal
para a palavra CASA: As duas mãos assumem a mesma configuração da letra
b e as pontas dos dedos tocam-se duas vezes, imitando um telhado.
PALAVRA
AVIÃO
O sinal
para a palavra AVIÃO: Uma das mãos assume a configuração da letra y e
move-se para o alto e para frente, imitando a decolagem de um avião.
FORMAÇÃO DE
SENTENÇAS
Em LIBRAS,
a ordem canônica da frase pode ocorrer de forma invertida, pondo em evidência
determinado tópico. A essa ordem se dá o nome de tópico-comentário. A
formação de sentença comum em LIBRAS também é recorrente e não prejudica o seu
reconhecimento como língua natural. Nas línguas orais a ordem de formação
de sentenças é, preferencialmente, linear no que diz respeito à sequência de
apresentação de idéias
VERBOS DE
FLEXÃO
Um exemplo
de verbos que possuem flexão em LIBRAS é Perguntar e ajudar. Em LIBRAS
os “verbos com concordância” são aqueles que se flexionam em pessoa, número e
aspecto. Os “verbos sem concordância” em LIBRAS também podem ser
conhecidos como verbos não direcionais.
FRASES EM
LIBRAS
A frase em
LIBRAS apresenta-se de forma bastante recorrente com uma organização do tipo Tópico-comentário
. Em língua de sinais, há uma categoria chamada de classificadores,
substituindo o nome que a precede na sentença, estabelece algum tipo de
concordância que liga o sujeito, o verbo e o objeto, especificando-lhes
características. A ordem frasal na LIBRAS admite a ordem SVO, possue
uma ordem flexível, admite a ordem OSV.
COMUNIDADE
SURDA
Muitas
pesquisas feitas principalmente por pesquisadores surdos têm comprovado que as
crianças surdas precisam ter contato com arte surda, material didático e
adptações surdas à literatura universal. A exemplo disso tem-se Cinderela Surda
e Rapunzel Surda. O professor deve estimular as crianças surdas a
reproduzirem as histórias clássicas em língua de sinais. O professor
deve incentivar as narrativas de histórias das crianças surdas em língua de
sinais, e o contato das crianças surdas com histórias surdas sinalizadas por
surdos adultos. Os professores devem fazer com que as crianças surdas
tenham contato com artistas surdos e com a arte surda, através de vídeos,
pinturas, esculturas, desenhos e teatros. Muitos ao assistir apresentações artísticas feitas por pessoas com deficiência
aplaudem pelo entusiasmo da apresentação, pois consideram que
"superaram" seus limites, sem avaliar a qualidade da apresentação,
sem crítica construtiva. Essa reação constrói algo para os deficientes? Não. É
preciso ser criterioso e igualar as condições humanas, pois aplaudir nesse
caso, também seria uma forma de "preconceito" e
"discriminação". A cultura surda é vivida pelos surdos pela
experiência de viver entre outros surdos, compartilhando de uma língua visual. Histórias
surdas, piadas, teatro e o sinalizar por muitas horas fazem parte da cultura
surda, do viver com a comunidade surda. As novas tecnologias permitiram que a
informação fosse propagada de forma melhor e mais veloz. As comunidades surdas
também se beneficiaram com as novas tecnologias. Além de recursos que
ajudam a comunicação deste público com a sociedade ouvinte, as novas
tecnologias também possibilitaram que produções de arte e literatura fossem
acessadas por este nicho da sociedade. Sobre as iniciativas em prol das
tecnologias e cultura produzida para surdos, destaca-se a companhia mãos
livres.
Resumo.
Material Didático estácio.
MAIS EXPLICADO DO QUE MINHAS AULAS.
ResponderExcluirMuito bom o estudo pesquisado...
ResponderExcluirConteúdo rico em informações específicas. Muito bom.
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