sexta-feira, 24 de maio de 2013

LIBRAS (LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS)






LIBRAS

SURDOMUDO
Um equivoco comun entre as pessoas surdas e que se transformou em uma forma recorrente de identificá-las está em referir-se aos surdos como “Surdomudo”.

SUJEITO SINALIZANTE
O termo “sinalizante”, em LIBRAS, faz referência a todo sujeito que domina e é usuário da lingua de sinais.

CULTURA SURDA
A noção de identidade pode ser relacionada a comportamnetos sociais, e, logo, ao contexto da inclusão, surdez e aprendizagem na contemporaneidade. O termo cultura surda não tem nenhuma relação com o posicionamento político ideológico.

COMPORTAMENTO SOCIAL EXCLUDENTE
 "Assim, durante quase um século (1880 -1960) o discurso sobre a surdez centrou-se no abafar, no inferiorizar, no descaracterizar as diferenças [...]determinando o desenvolvimento de abordagens clínicas e práticas pedagógicas que buscavam o apagamento da surdez [...]" (LODI, 2005, p.416). Esse trecho refere-se a um comportamento social excludente, pois a "colonização" social, com o apagamento de uma língua própria, estabelece a perda e a crise de identidade do sujeito sinalizante. 

IDENTIDADE DURDA
Um surdo estará mais ou menos próximo da cultura surda a depender da identidade que assume dentro da Sociedade. A identidade surda pode ser definida como  identidade na qual ser surdo é estar no mundo visual e desenvolver sua experiência na Língua de Sinais. Os surdos que assumem a identidade surda são representados por discursos que os vêem como sujeitos culturais, uma formação de identidade que só ocorre entre os espaços culturais surdos  (Concurso público do Município de Pacatuba, questão 35)

ESTRUTURA LÍNGUA VISO-ESPACIAL
A língua de sinais em sua modalidade viso-espacial tem sua estrutura organizada em cinco parâmetros, EXCETO expressão viso espacial

CONFIGURAÇÃO DE MÃOS
No que diz respeito ao alfabeto manual, as duas letras que apresentam a mesma configuração de mãos, mas diferenciam-se quanto ao movimento, são P, K e H.

UMA LINGUA COMO OUTRA QUALQUER
Sobre a língua de sinais, NÃO se constitui em um mito o fato de ser uma língua como outra qualquer. 

PONTO DE ARTICULAÇÃO
Sobre os parâmetros da língua de sinais brasileira, é verdadeiro afirmar que o ponto de articulação refere-se ao local em que o sinal é produzido em relação ao corpo. Mesmo que a configuração esteja certa, se o ponto de articulação não o estiver, o sinal poderá não ser entendido. 

NÍVEIS GRAMATICAIS
Embora de modalidade linguística diferente das línguas orais, há vários níveis gramaticais que podem ser encontrados nas línguas orais e nas línguas viso-espaciais. O nível quirológico não é encontrado nas línguas orais. Os níveis semânticos, pragmáticos e sintáticos são encontrados nas duas linguas. Alguns pesquisadores da área de LIBRAS referem-se ao plano fonológico da língua de sinais como plano quirológico

LEI 10436 / 2002.
LIBRAS (língua brasileira de sinais) passa a ser reconhecida como meio de comunicação oficial nas comunidades de surdos brasileiros a partir da promulgação da lei 10436 / 2002.

MANIFESTO DOS SURDOS ORALIZADOS
A ideia de que somente o domínio da língua portuguesa permite ao surdo a ampliação de sua inclusão na sociedade, encontra-se abertamente defendida no documento “Manifesto dos surdos oralizados”.

BILINGUISMO NA SURDEZ
Na história da educação de surdos, podem ser observadas posturas que vão desde o oralismo até o bilinguismo. Dos princípios inerentes a essa última, pode-se concluir que o fato de LIBRAS ser a primeira língua dos surdos não significa que sejam incapazes de aprender português. 

DECRETO 5626 / 2005
O Decreto 5626 / 2005 regulamenta a Lei de LIBRAS. Alguns dos assuntos tratado nesse Decreto são o acesso das pessoas surdas à educação, formação de Tradutores e Intérpretes de LIBRAS e a inclusão da LIBRAS como disciplina escolar. 

EUROPA SÉCULO XVIII
Na segunda metade do século XVIII, havia duas propostas principais para a educação de surdos na Europa. O Gestualismo (Método Francês) e o Oralismo (Método Alemão).

MODELO SOCIOCULTURAL
De maneira geral, a surdez pode ser entendida a partir de pelo menos dois modelos: o clínico-patológico e o sociocultural. O sociocultural apresenta a perspectiva considera as dificuldades como parte do processo de desenvolvimento e aprendizagem, vendo a surdez como diferença. 

HABITOS
Há algumas diferenças de hábitos, crenças e direitos próprios de surdos no seu cotidiano em relação ao do ouvinte como por exemplo o uso de celular para se comunicar, mas somente através de mensagens. Na casa de surdos, por exemplo, a campainha, ao invés de sonora, funciona através do piscar de luzes. Para um surdo não é falta de educação fazer barulho ao tomar líquidos. 


TRADUTOR INTERPRETE (LIBRAS)
Segundo o código de ética da atuação do profissional tradutor e intérprete - que é a parte integrante do regimento dessa área - deve ter certos comportamentos durante a interpretação como, por exemplo, agir com sigilo, agir com imparcialidade e com disciplinae com fidelidade. A respeito da profissão de Intérprete de LIBRAS, é importante que ele evite interferência e emissão de opinião própria, sempre que possível, esclareça ao público sobre equívocos e má informação acerca da surdez e comunicação com o surdo, assuma a conduta de se vestir tal que evite adereços que desviem a atenção do surdo e é importante não ncorajar, a favor de si mesmo, pessoas surdas a buscarem decisões de ordem legal. O intérprete não “empresta” apenas os ouvidos e as mãos aos surdos. Para desempenhar bem sua tarefa, ele coloca à disposição muitas outras habilidades e competências (intelectuais, corporais, etc.), assim como o conhecimento das especificidades linguísticas e culturais próprias das comunidades de surdos e de ouvintes, o conhecimento da língua de partida e da língua alvo e a boa memória e rapidez de raciocínio.

LINGUA URUBU KAAPOR
Estudos sociolinguísticos revelaram que a LIBRAS não é a única língua de sinais de surdos brasileiros, mas sim a língua da maioria dos surdos brasileiros que habitam as grandes cidades. Este dado pode ser observado pela existência da língua Urubu Kaapor encontrada no Maranhão. 

ORIGEM DE LIBRAS
Ao observarmos a história da Língua Brasileira de Sinais, descobrimos que em sua formação a LIBRAS recebeu influência da Língua de Sinais Francesa.

SOCIOLINGUISTICA E GRAMATICA
Sobre os aspectos sociolinguísticos e gramaticais da LIBRAS,  é correto afirmar que ela é heterogênea, não universal e apresenta variações linguísticas. Embora historicamente ágrafa, há atualmente propostas de utilização de um sistema de escrita, o "sign writing". 

SINAIS
No que diz respeito à linguística das línguas de sinais elas apresentam segmentos discretos na composição dos sinais.  Uma das características dos sinais, é que muitos possuem formas icônicas de apresentação. A relação da significação das línguas orais e os sons e a relação do significado das línguas de sinais e os gestos são em sua maioria arbitrários. 

SIGNWRITING
SignWriting (escrita gestual, ou escrita de sinais) é um sistema de escrita das línguas gestuais (no Brasil, línguas de sinais). SignWriting expressa os movimentos as forma das mãos, as marcas não-manuais e os pontos de articulação. Até agora, as únicas formas de registo das línguas gestuais eram em vídeo-cassetes, registo que continua a ser uma forma valiosa para a comunidade surda. Acrescenta-se, agora, a essa forma, a escrita das línguas, um sistema que mostra a forma das línguas de sinais. Não segue a ordem usual de outros sistemas de escrita, nem a ordem da língua oral do país onde está inserida.A escrita de sinais Signwriting, amplia e confirma a presença do surdo assim como as características próprias de sua língua.

APONTAR O DEDO
A ação de “apontar”, em LIBRAS, é integrante do seu sistema pronominal, pois durante a produção do discurso pode assumir a função de indicar, entre outros, o sujeito do discurso. 

PALAVRA BANANA
O sinal correspondente a palavra BANANA. Uma das mãos assume a configuração da letra d, a outra imita o ato de descascar uma banana

PALAVRA SURDO
O sinal para a palavra SURDO: Uma das mãos assume a mesma configuração da letra d e toca a orelha e logo depois a boca. 

PALAVRA CASA
O sinal para a palavra CASA: As duas mãos assumem a mesma configuração da letra b e as pontas dos dedos tocam-se duas vezes, imitando um telhado. 

PALAVRA AVIÃO
O sinal para a palavra AVIÃO: Uma das mãos assume a configuração da letra y e move-se para o alto e para frente, imitando a decolagem de um avião. 

FORMAÇÃO DE SENTENÇAS
Em LIBRAS, a ordem canônica da frase pode ocorrer de forma invertida, pondo em evidência determinado tópico. A essa ordem se dá o nome de tópico-comentário. A formação de sentença comum em LIBRAS também é recorrente e não prejudica o seu reconhecimento como língua natural. Nas línguas orais a ordem de formação de sentenças é, preferencialmente, linear no que diz respeito à sequência de apresentação de idéias 

VERBOS DE FLEXÃO
Um exemplo de verbos que possuem flexão em LIBRAS é Perguntar e ajudar. Em LIBRAS os “verbos com concordância” são aqueles que se flexionam em pessoa, número e aspecto. Os “verbos sem concordância” em LIBRAS também podem ser conhecidos como verbos não direcionais. 

FRASES EM LIBRAS
A frase em LIBRAS apresenta-se de forma bastante recorrente com uma organização do tipo Tópico-comentário . Em língua de sinais, há uma categoria chamada de classificadores, substituindo o nome que a precede na sentença, estabelece algum tipo de concordância que liga o sujeito, o verbo e o objeto, especificando-lhes características. A ordem frasal na LIBRAS admite a ordem SVO, possue uma ordem flexível, admite a ordem OSV.

COMUNIDADE SURDA
Muitas pesquisas feitas principalmente por pesquisadores surdos têm comprovado que as crianças surdas precisam ter contato com arte surda, material  didático e adptações surdas à literatura universal. A exemplo disso tem-se Cinderela Surda e Rapunzel Surda. O professor deve estimular as crianças surdas a reproduzirem as histórias clássicas em língua de sinais. O professor deve incentivar as narrativas de histórias das crianças surdas em língua de sinais, e o contato das crianças surdas com histórias surdas sinalizadas por surdos adultos. Os professores devem fazer com que as crianças surdas tenham contato com artistas surdos e com a arte surda, através de vídeos, pinturas, esculturas, desenhos e teatros. Muitos ao assistir apresentações artísticas feitas por pessoas com deficiência  aplaudem pelo entusiasmo da apresentação, pois consideram que "superaram" seus limites, sem avaliar a qualidade da apresentação, sem crítica construtiva. Essa reação constrói algo para os deficientes? Não. É preciso ser criterioso e igualar as condições humanas, pois aplaudir nesse caso, também seria uma forma de "preconceito" e "discriminação". A cultura surda é vivida pelos surdos pela experiência de viver entre outros surdos, compartilhando de uma língua visual. Histórias surdas, piadas, teatro e o sinalizar por muitas horas fazem parte da cultura surda, do viver com a comunidade surda. As novas tecnologias permitiram que a informação fosse propagada de forma melhor e mais veloz. As comunidades surdas também se beneficiaram com as novas tecnologias. Além de recursos que ajudam a comunicação deste público com a sociedade ouvinte, as novas tecnologias também possibilitaram que produções de arte e literatura fossem acessadas por este nicho da sociedade. Sobre as iniciativas em prol das tecnologias e cultura produzida para surdos, destaca-se a companhia mãos livres.


Resumo. Material Didático estácio.





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